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7 dicas para cuidar da sua saúde mental em tempos de pandemia

Em meio à pandemia de Covid-19, a principal preocupação que temos é com a nossa saúde e bem-estar físicos. Mas passar por um período como esse também tem reflexos sobre a nossa saúde mental e emocional.

“O cenário exige cuidados, mas a gente não precisa ficar emocionalmente à deriva”, defende Gustavo Arns, professor da pós-graduação em psicologia positiva da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). “Um trabalho de olhar interno e consciente na situação em que estamos vivendo é um ponto importante não só para a nossa saúde mental e psicológica, mas também para a física.”

Professor convidado do Wholebeing Institute, centro de estudos internacional sobre psicologia positiva, Arns é também idealizador do Congresso Internacional de Felicidade e do Centro de Estudos da Felicidade. Em entrevista à revista GALILEU, ele dá algumas dicas para enfrentar os dias com mais equilíbrio. Confira:

1. Seja otimista

Ter a possibilidade de ficar dentro de casa é um privilégio que, além de garantir segurança, nos permite desacelerar e nos conectar com familiares. “Às vezes é necessário fazer um esforço consciente para encontrar o lado positivo de uma situação”, diz Arns.

“No livro Felicidade Autêntica, o psicólogo Martin Seligman, pai da psicologia positiva, diz que os otimistas tendem a considerar os seus problemas passageiros, controláveis e específicos”, explica. “Já pessoas pessimistas criam situações que vão muito além da realidade em si — o que nos leva à segunda dica.”

2. Seja pé no chão

Não alimente ou deixe ser consumido por hipóteses catastróficas. Foque no presente e no que de fato pode ser feito para prevenir o pior cenário e mitigar os desafios que já existem. “Se ficarmos nos ‘pré-ocupando’ com situações desastrosas, que nem sabemos se vão acontecer, provocaremos um desgaste energético e mental e esqueceremos do que realmente precisa ser feito”, adverte Arns.

3. Informe-se por fontes confiáveis e oficiais

“Assim como cuidamos da saúde do nosso corpo e nos preocupamos com a nossa alimentação, precisamos ficar atentos a como estamos alimentando nossa mente também”, alerta Arns. “Recebemos informações por Whatsapp e redes sociais o tempo todo e, muitas vezes, encontramos desinformação, dados e afirmações sem fontes verificadas. Isso tudo nos causa uma ‘má digestão’ mental e gera pânico.”

Por isso, consuma informações de ferramentas e fontes oficiais e veículos confiáveis. Também é possível acompanhar o número real de casos do coronavírus a partir de de mapas interativos atualizados em tempo real e receber notificações oficiais da OMS no seu WhatsApp.

4. Mantenha uma rotina

Procure adequar-se a uma rotina, estabelecendo horários fixos para dormir, acordar, alimentar-se, descansar, fazer exercícios físicos e outras atividades que você queira incluir no seu dia a dia. Nosso corpo e mente se adaptam melhor aos desafios do cotidiano quando mantemos a alimentação saudável, o sono regular e os músculos ativos.

5. Faça o que goste

Ao estabelecer uma rotina, você evitar ocupar todo o seu dia com o home office. Aproveite o tempo livre para colocar em dia as leituras que você não consegue terminar há tempos, as séries que você quer maratonar, um quadro que quer pintar ou um curso online que sempre quis fazer.

6. Exercite-se

Mesmo com as academias fechadas, é possível manter a atividade física em dia. Aplicativos de celular como Nike Training Club, Freeletics Bodyweight, Endomondo e FitNotes possuem centenas de sugestões de exercícios para você fazer em casa e com segurança.

7. Seja gentil

“Para a psicologia positiva, a gentileza é um ponto muito importante dentro do bem-estar”, afirma Arns. Durante a pandemia, já vimos várias demonstrações e iniciativas de solidariedade, como as pessoas que, em todo o país, têm se oferecido para fazer a compras de mercado de vizinhos idosos, evitando que eles saiam do isolamento e arrisquem contrair a Covid-19.

“Sempre que contribuímos para o bem-estar do outro estamos contribuindo para o nosso”, diz o psicólogo. Nesse caso, a decisão voluntária de permanecer em quarentena pode ser encarada também como um ato de gentileza com o outro e consigo mesmo.

Fonte: Revista Galileu

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